Qual o seu limite?

Quantas vezes você já chegou ao seu limite? Quantas vezes pensou que não mais suportaria uma situação?

Nesta semana recebi uma mensagem que dizia que quando se chega ao limite Deus chega com a providência. A mensagem ainda dava exemplos dizendo que "o limite de Moisés era o mar e Deus abriu. O limite de Abraão era a morte de Isaac e Deus proveu o cordeiro. O limite de Cristo era a morte e Deus o ressuscitou".

E você, qual seu limite? 

Uma outra mensagem que chegou até mim nesta semana dizia: "não se deixe afundar ao nível do problema, erga-se ao nível da solução".

Muitas vezes nos vemos sem saída, acreditamos não ter mais o que fazer diante de algo. Mas basta colocar as ideias em ordem e elevar o pensamento a Deus que a solução provavelmente brotará.

Se desesperar, entrar em pânico não ajudará. É difícil manter a sanidade, a paciência, a calma diante de algo que nos tira do prumo, mas já dizia a sabedoria popular que tomar atitude com a cabeça quente só nos faz meter os pés pelas mãos. Não resolvemos e ainda podemos piorar a situação.

Eu diria que é um exercício diário o de aprender a ser mais controlado, manter o prumo mesmo quando tudo desaba (seja na família, com amigos ou no trabalho). Em algum momento parte do seu "mundo" vai se abalar com algo e você terá que ser forte para contornar e ainda tirar um aprendizado de tudo isso.

Quando digo ser forte não é para suportar humilhações e coisas do tipo. Ser forte é ter, ou aprender a ter, a sabedoria necessária para solucionar adversidades. A roda, a ponte, o computador, a seringa, a agulha, uma caneta, tudo o que temos foi inventado diante de uma dificuldade. Alguém se emprenhou em solucionar um problema e a evolução foi acontecendo. 

Mais do que evoluir tecnologicamente, precisamos evoluir internamente. É a tal evolução do espírito. 

Quando, ao invés de reclamarmos, arregaçamos a manga e enfrentamos a adversidade e o desconhecido, crescemos, evoluímos e se brincar ainda ajudamos um monte de gente, ou talvez a humanidade inteira.

E então eu te pergunto novamente: qual seu limite?

Texto: Fabrício Santana

Perder pode ser melhor do que ganhar. Acredite!

Quando você faz alguma oração você está pronto para receber ou para perder? O que você espera como resultado da oração?

Nesta semana recebi um texto, de um autor desconhecido, que diz que ao fazer uma oração é preciso que você esteja preparado para perder. Achou estranho? Calma que eu explico.

Na maioria das vezes queremos receber algo quando pedimos. Quando falamos com Deus, na maioria das vezes, estamos querendo receber uma graça, uma benção, um bem material, ou que uma situação se resolva (da forma como achamos melhor).

Mas você já parou para pensar que perder, às vezes, pode ser a melhor alternativa? Isso mesmo. Que tal se ao orar você perdesse toda sua raiva, rancor, orgulho, ganância, inveja, luxúria, egoísmo, mentira, e mais um monte de sentimentos ruins?

E se você perdesse também a impaciência, o desânimo e a preguiça? Seria uma benção, não seria?

Então, ao invés de focar todo seu pensamento no que quer ganhar, talvez seja melhor focar naquilo que quer se livrar. Quando nos livramos de algo que não nos serve, sobra espaço para aquilo que realmente nos é útil.

Quando a alma está em paz, sobra espaço para crescimento espiritual e uma "revolução" acontece com a gente, com o meio em que vivemos e tudo parece fluir melhor na direção que queremos. Nos livrar de algo pode ser um ganho e tanto na vida.

E aí, você precisa perder algo? Do que está precisando se livrar? Pense e deixe logo para lá aquele fardo extra, inútil, que você insiste em carregar.

Texto: Fabrício Santana

Estude, trabalhe, se ame e evolua. Isso é melhor que qualquer vingança

Nesta semana eu vi uma frase que diz: "não se vingue. Estude, trabalhe, se ame, evolua". Também vi uma outra que diz "seja uma boa companhia para si mesmo. Todas as outras são temporárias".

Já parou para pensar que a sua companhia é a única que te acompanha realmente em todos os lugares, em todas as situações, em todos os momentos? Você pode se livrar de muita coisa, de todas as pessoas, mas de você mesmo é impossível. E aí eu lhe pergunto: sua companhia é boa ou você gostaria de se livrar dela?

É comum criar expectativa quando algo novo chega à nossa vida. Seja uma pessoa ou uma situação, mudar é algo que provoca frio na barriga e provavelmente, em algum momento, ficaremos frustrados com algo que não saiu como imaginamos ou planejamos.

Tem quem queira sair correndo e deixar tudo para trás. Tem quem abandona o plano e começa outro novo, e tem quem encare tudo e decide agir diante da adversidade.

Se vingar pode "até ser bom" momentaneamente. Mas já experimentou se aprofundar no assunto e "dar uma aula" sobre o tema para a pessoa que te aponta o dedo?

Por isso, como diz a primeira frase deste texto, se amar e evoluir pode ser (e na minha humilde opinião é) a melhor saída para uma adversidade.

E quando ficamos bem conosco, ficamos bem com tudo e todos a nossa volta. A vida passa a fluir, as adversidades são solucionadas com mais facilidade, os problemas se tornam menores (mesmo que não seja algo muito fácil de resolver).

Portanto, não se cobre tanto. Faça o que puder fazer da melhor maneira possível. Aquilo que está fora de alcance, deixe que uma hora se resolve. O tempo vai dizer se é realmente importante ou se pode ser deixado para lá.

Fique bem consigo mesmo. Lembre-se que sua companhia será a única presente durante todo o tempo contigo. 

Texto: Fabrício Santana

Quando pedir ajuda, não espere que o outro faça tudo

Em um vídeo publicado no último fim de semana, o espiritualista e treinador mental, Daniel Atalla, disse: "Deus não vai mudar sua vida, Deus ajuda você a melhorar sua vida. Quem muda sua vida é você".

Quantas vezes você já disse ou ouviu a frase "Deus te ajude", ou "Deus me ajude".

Quando algo parece fora do controle, ou muito difícil de ser realizado, sempre recorremos a uma força maior (Deus, Santos, Anjos, Jesus - não importa a sua crença). Contudo, mais do que pedir ajuda aos céus, precisamos agir aqui na terra.

Dar o primeiro passo para transformar algo em nossa vida é fundamental. Todavia, alguns outros aspectos podem ser observados, como aumentar as coisas bocas na sua vida, ou seja, evite ficar em meio a notícias  e situações negativas. Não falo para você se alienar sobre o que está acontecendo no mundo, mas sim sobre se envolver demais com problemas alheios, nos quais você não poderá fazer nada para resolver. Uma coisa é ter cautela, outra coisa, bem diferente, é querer abraçar o mundo com as pernas.

E que tal ficar perto de pessoas positivas? A gente sabe que o mundo não é um lugar perfeito, mas quando nos aproximamos de pessoas que sempre tentam melhorar, fazer o bem e pensar positivo, a energia ao nosso redor também muda, e tudo passa a fluir com mais facilidade.

Você é grato? Costuma agradecer por tudo o que tem (não só material, mas saúde, felicidade e tudo mais)? Ser grato por pequenas conquistas (e pelas grandes também) é algo que todos deveriam praticar. Trazendo para a realidade de um cenário de pandemia, no qual vivemos, o simples ato de conseguir respirar já é uma dádiva. Quantas pessoas estão em hospitais lutando para simplesmente encher os pulmões com ar?

Ser grato por grandes conquistas é fácil, e muita gente até gosta de compartilhar. Mas ser grato por pequenas conquistas diárias, como fugir de um congestionamento, conseguir respirar, ter o alimento para comer, a água para beber, uma casa para lhe abrigar, é algo que deveria fazer parte da vida de todos.

Sabe aquela história de que coisa boa atrai coisa boa? O mesmo funciona para nossa energia. Quando se é grato, quando se agradece pelo que se tem, mais o universo entende que aquilo lhe faz bem, e mais lhe será proporcionado.

Entretanto, ficar sentado no sofá esperando que tudo caia do céu, desculpe te decepcionar. Os seus desejos só vão se tornar realidade quando você der o primeiro passo para a transformação. Não tem milagre nessa vida que lhe dê um milhão de reais com você sentado, esperando. Até para ganhar na loteria você tem que ir a uma lotérica para jogar.

Então, peça ajuda, mas esteja preparado (a) para dar o primeiro passo em direção à mudança que você tanto deseja. Ao pedir que "Deus lhe ajude", espere que Ele o ajude, mas não que faça tudo por você. Ajudar é uma coisa, explorar é outra. Quando pedir ajuda, não espere que o outro faça tudo.

É hoje que você vai dar o primeiro passo rumo à mudança que tanto deseja?

Texto: Fabrício Santana

A mágica da vida é se adaptar ao embalo em pleno movimento

A música "Oração ao Tempo" de Caetano Veloso, interpretada por Maria Gadu na abertura da novela "A Vida da Gente", faz uma reflexão sobre algo que está presente na vida de todos os seres deste planeta. Seja humano, animal ou planta, todos estão submetidos aos caprichos do tempo.

Sim, o tempo. Aquele que tem se tornado escasso para a maioria das pessoas. Aquele que se arrasta para apaixonados que estão separados, para os privados de liberdade, para quem está longe de pessoas que gosta.

O mesmo tempo que passa rápido quando se está atrasado, que voa quando precisamos terminar uma tarefa, ou que simplesmente segue o fluxo sem se preocupar com os afazeres de ninguém.

A planta precisa de um tempo para germinar, frutificar, se multiplicar. Não se pode colher algo antes que a "hora certa" chegue. Os animais, as pessoas, cada um tem seu tempo de reprodução, de crescimento, de amadurecimento. 

E nesse turbilhão que é a vida de cada um, o tempo vai seguindo o fluxo, sem olhar para trás, sem se preocupar se está rápido e devagar demais. Ele apenas segue adiante, cumprindo a jornada.

E quanto mais ele segue, mais nós vamos nos transformando. O tempo deixa marcas no nosso rosto, no nosso corpo. A agilidade de antes não é mais a mesma depois de algumas décadas. A pele sem marcas, sem manchas, vai enrugando, mudando sua tonalidade conforme os dias vão passando.

A música diz que o tempo "és um senhor tão bonito". E esse senhor também deixa marca na alma das pessoas. O que era urgente na juventude, agora pode seguir um pouco mais devagar. O que era importante acaba sendo colocado no lugar que deve ocupar com o passar dos anos. O tempo vai nos mostrando o que realmente importa, o que pode ser deixado de lado e até mesmo aquele ou aquilo que pode ser deixado para lá.

E nessa mudança que vamos sofrendo ao longo da vida muda a urgência, mudam as pessoas, muda o amor, mudam os prazeres, tudo se modifica. 

Mesmo que você não queira que o tempo passe, mesmo que ache que ele passa rápido demais, ou devagar demais, mesmo que tente acelerá-lo ou freá-lo, ele vai seguir sempre adiante. Cabe a nós nos adaptarmos a ele, e seguimos juntos, no mesmo embalo.

E você, já se perguntou se está perdendo tempo com alguém ou alguma situação? Talvez seja bom rever alguns conceitos, algumas companhias, pois o tempo não espera a gente se acertar para seguir com ele. A mágica da vida é se adaptar ao embalo em pleno movimento.

Texto: Fabrício Santana

Você é realmente empático ou está em busca de marketing?

Certa vez vi uma frase de Carl Rogers que dizia: "ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele".

Forte né? Quantas vezes você realmente esteve no mundo do outro? Quantas vezes você realmente se colocou no lugar do outro? Quantas vezes você sentiu a dor ou a alegria do outro?

Muita gente fala, num momento de turbulência, que se coloca no lugar do outro para poder ajudar. Mas te digo que a maioria das pessoas que dizem isso, apenas o fazem para "cumprir protocolo". Isso mesmo! Querem ser simpáticas, agradar a maioria, e por isso "se colocam" no lugar do outro, sem nem saber direito quem o outro é.

Ter empatia é para poucos. Muita gente se dispõe a ajudar o próximo em troca de likes nas redes sociais, em troca de aumento no número de seguidores ou até mesmo para criar uma nova lista de possíveis clientes. Quantas empresas fazem ações para ajudar o próximo, mas em troca querem ser vistas nas redes sociais? Uma troca justa ou puro marketing?

Quem realmente quer ajudar, e ajuda, normalmente não gosta muito de aparecer. Só vem a público quando precisa pedir apoio para continuar ajudando. Mas no bem lá no fundo, quem realmente faz o bem sem olhar a quem, o ano todo, todo ano, normalmente não gosta de se expor. 

As pessoas que fazem o bem sem aparecer na mídia o fazem porque antes mesmo que a ajude chegue ao próximo, ela (a pessoa que ajuda) está se sentindo útil e feliz em fazer tudo isso.

Para ajudar alguém não é necessário dinheiro sobrando ou um espaço legal para montar um projeto. Para ajudar alguém basta apenas boa vontade e disposição. 

Claro que os bens materiais são importantes. Precisamos nos alimentar para ficarmos vivos e saudáveis. Mas não é só o corpo que carece de ajuda. Às vezes a alma é a que mais precisa de auxílio. Uma palavra amiga, um ombro amigo, saber ouvir. Isso pode fazer a diferença na vida de alguém.

Você já tentou, por exemplo, dizer bom dia para um desconhecido, aqueles invisíveis na sociedade como moradores de rua, garis, porteiros e mais um tanto de gente? Aquelas pessoas com as quais se cruza diariamente e "não se vê" por puro preconceito, ignorância ou simplesmente por achar que de alguma forma é superior a elas.

Somos feitos da mesma matéria. Todos nascemos e todos morreremos. Esse abismo entre as pessoas é criado por nós mesmos. Nós nos afastamos, nos aproximamos. Alguns por amor, muitos por puro interesse.

Então, ao invés de querer impor o "nosso mundo" ao outro, que tal nos colocarmos, pelo menos por um período de tempo, no mundo do outro? Que tal realmente sermos empáticos? 

Antes de querer expor a ajuda na rede social, ajude realmente. Quando a humanidade entender que amor é mais importante que likes e seguidores numa rede social, ele vai começar a entender o real sentido da palavra humanidade.

Texto: Fabrício Santana

Menos egoísmo, mais altruísmo

Tem um ditado que diz: "o pior cego é aquele que não quer ver". Tem também "o pior surdo é aquele que não quer ouvir". Mais do que um ditado popular, ter olhos e ouvidos que funcionam perfeitamente e se fechar para o mundo, é uma das piores atitudes.

Não sei se só eu percebo isto, mas o ser humano está cada vez mais egocêntrico e egoísta. Tudo tem que girar ao redor dele, no tempo dele, do jeito que ele achar que tem que ser.

As pessoas estão intolerantes, não tem paciência para ouvir, muito menos para aprender algo novo. A maioria quer apenas impor a própria opinião, e os outros (todos os outros, sem exceção), é que estão errados e "fora da casinha".

Foi diante das dificuldades que a espécie humana evoluiu. Foi só diante das dificuldades que criamos, inventamos, adaptamos, reinventamos. Contudo, de uns tempos para cá, a sensação que tenho tido é que andamos para trás. Retrocedemos.

O altruísmo (capacidade de se colocar no lugar do outro), está cada vez mais esquecido. Ajudar o próximo? Claro que ainda temos seres humanos maravilhosos que se preocupam, agem e transformam a realidade do próximo. Mas a maioria, se fecha, se tranca, e se a própria vida estiver boa, o restante da humanidade que se dane.

Precisamos aprender a olhar, e principalmente, agir mais pelo próximo. Caminhar de mãos dadas, lado a lado. A vida não é uma competição (embora tenha se transformado nisso). Mais do que pagar os boletos que chegam, que tal aproveitar os bons momentos que a vida proporciona. Já parou para observar o céu, sentir o vento, apreciar a paisagem?

Para ajudar alguém não precisa ser com bens materiais. Às vezes só saber ouvir já é de grande valia.

Se você está vivo já é uma grande dádiva. Agradeça mais, se permita mais, ouça mais. Deixe o egoísmo de lado. A vida quando é compartilhada é muito mais interessante e divertida. 

Texto: Fabrício Santana