Já parou para pensar o quanto você mudou ao longo dos anos? Não importa qual a sua idade, mas ao longo de um, dois, dez, vinte, cinquenta anos, a gente muda. E muda muito. É mudança no jeito de vestir, no jeito de falar, de se portar, de se comunicar. A gente muda cabelo, sorriso, e até a pele sofre algumas mudanças. O vocabulário se transforma, os gostos se modificam e o interesse perde o foco em alguns setores para focar em outros horizontes.
Mas aí vai ter quem diga que mudar é necessário, mas que a gente não pode modificar tanto, caso contrário perde a essência do que sempre foi. E é aí que te respondo: se nem árvore que tem raiz fica igual a vida toda, imagina só você que pode ir onde quiser, quando quiser e da forma como quiser?
Mudar faz parte da vida, da história do ser humano. A humanidade caminha para frente (apesar de algumas atitudes nos mostrar que damos alguns passos para t rás em alguns quesitos). Assim como uma árvore se modifica, como as nuvens no céu se modificam, você também se modifica.
Pare e pense: quantas pessoas do seu passado conhecem uma versão de você que nem existe mais?
Se transformar pode ser algo meio apavorante, mas se você se importar com todas as versões que criam de você (sim, as pessoas criam as histórias e acabam acreditando nelas, mesmo que não sejam verdades), vai faltar tempo para cuidar da sua versão original.
E é tão gostoso se modificar, estar aberto ao novo. Nada nessa vida é eterno. Tudo se transforma, se modifica, evolui. E quando você se afasta de algumas pessoas, abrindo mão de tanta coisa que julgava ser importante, fazendo mudanças que jamais imaginou fazer, você percebe que para a lagarta virar borboleta, é preciso deixar o casulo para trás. É necessário sair da zona de conforto e se arriscar nesse mundo. A vida te transforma sem pedir licença e te muda de um jeito irresistível. Você pode até se assustar agora, mas vai agradecer essa transformação lá na frente.
Sendo assim, no meio deste turbilhão de novidades que chegam a todo momento, tente manter o controle, o equilíbrio, a calma. Cada um sabe como fazer isso da melhor forma possível. Seja com exercício físico, meditação, Yoga e tudo mais que você achar que te põe no eixo. Não permita ser sugado pela doença do outro, para que você não precise se molhar sob tempestades que não são suas. Se a tempestade não é sua, não precisa encará-la. Não é egoísmo. Isso é amor próprio. E quando o outro quiser que você grite, use o silêncio. Acredite, não tem nada mais ensurdecedor do que o silêncio.
Abraço do Tifa!
Texto: Fabrício Santana