O Brasil está vivendo um verão como há muito tempo não vivia. As temperaturas beiram os quarenta graus em boa parte do país. Algumas cidades como Rio de Janeiro, os termômetros passam dos quarenta.
Por outro lado, Estados Unidos vivem uma onda de frio praticamente polar. A sensação térmica beira os cinquenta graus negativos em várias partes do país. Não vou nem citar o Canadá que tá congelando nos últimos dias.
Quem está no frio quer calor e quem está no calor quer frio. Mas quanto tratamos de extremos como estes, não fica nada agradável. Frio demais dói, calor demais faz mal. E ambos em excesso matam, sem piedade nenhuma.
Na vida da gente também é assim. Devemos manter o equilíbrio para seguir adiante. Nem tanto para um lado, nem tanto para o outro. Quer um exemplo? Quando você se irrita demais, acaba falando ou fazendo coisas das quais vai se arrepender mais tarde. Quando você tem paciência demais, acaba deixando passar do tempo para resolver algo. Quando você come demais engorda, quando come de menos emagrece. Quando coloca tempero demais na comida ela fica forte e causa repulsa. Quando coloca de menos, ela fica sem graça e também causa repulsa.
Tudo, absolutamente tudo na vida tem que ter equilíbrio. Saber dosar é uma arte, e a gente só aprende se arriscando, tentando. Quando você não tenta, não descobre novos sabores, novos lugares, novas oportunidades. E quem tenta, sempre erra nas primeiras vezes, mas no fim das contas acaba acertando o ponto, como a gente diz na gíria popular.
Repare que a vida no planeta se desenvolve mais nas zonas próximas aos trópicos. Nos polos não existe vegetação. Nos desertos a vida é escassa. Mas nas florestas a vida pulsa, os rios são caudalosos, o ar é renovado pelas árvores.
Então, seja equilibrado. Ser quente demais, ou frio demais, causa dor, sofrimento e repulsa. Às vezes, na vida, encontrar o morno pode ser a melhor opção.
Texto: Fabrício Santana
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