Menos egoísmo, mais altruísmo

Tem um ditado que diz: "o pior cego é aquele que não quer ver". Tem também "o pior surdo é aquele que não quer ouvir". Mais do que um ditado popular, ter olhos e ouvidos que funcionam perfeitamente e se fechar para o mundo, é uma das piores atitudes.

Não sei se só eu percebo isto, mas o ser humano está cada vez mais egocêntrico e egoísta. Tudo tem que girar ao redor dele, no tempo dele, do jeito que ele achar que tem que ser.

As pessoas estão intolerantes, não tem paciência para ouvir, muito menos para aprender algo novo. A maioria quer apenas impor a própria opinião, e os outros (todos os outros, sem exceção), é que estão errados e "fora da casinha".

Foi diante das dificuldades que a espécie humana evoluiu. Foi só diante das dificuldades que criamos, inventamos, adaptamos, reinventamos. Contudo, de uns tempos para cá, a sensação que tenho tido é que andamos para trás. Retrocedemos.

O altruísmo (capacidade de se colocar no lugar do outro), está cada vez mais esquecido. Ajudar o próximo? Claro que ainda temos seres humanos maravilhosos que se preocupam, agem e transformam a realidade do próximo. Mas a maioria, se fecha, se tranca, e se a própria vida estiver boa, o restante da humanidade que se dane.

Precisamos aprender a olhar, e principalmente, agir mais pelo próximo. Caminhar de mãos dadas, lado a lado. A vida não é uma competição (embora tenha se transformado nisso). Mais do que pagar os boletos que chegam, que tal aproveitar os bons momentos que a vida proporciona. Já parou para observar o céu, sentir o vento, apreciar a paisagem?

Para ajudar alguém não precisa ser com bens materiais. Às vezes só saber ouvir já é de grande valia.

Se você está vivo já é uma grande dádiva. Agradeça mais, se permita mais, ouça mais. Deixe o egoísmo de lado. A vida quando é compartilhada é muito mais interessante e divertida. 

Texto: Fabrício Santana

Estamos todos no mesmo mar

Sabe aquele ditado que diz que estamos "todos no mesmo barco"? Hoje vi uma frase que diz que não estamos no mesmo barco, mas sim no mesmo mar. 

E parando para analisar, estamos sim no mesmo mar, passando pela mesma tempestade. A diferença é que alguns estão em transatlânticos, outros em iates, outros em botes, alguns com coletes salva-vidas e aqueles que estão completamente à deriva, contando apenas com a sorte.

Nesta semana várias cidades decretaram lockdown. Em algumas para sair às ruas é necessário autorização por escrito. É necessário até mesmo autorização para abastecer o carro.

Muita gente se revoltou, correu e lotou supermercados, postos de combustíveis. Cada um preocupado com o seu próprio umbigo. 

vários se dizem solidários com o outro, mas é só o calo apertar que cada um cuida do seu.

Isso sem contar as festas clandestinas que rolam soltas país afora. E as reuniões familiares? Conheço algumas pessoas que se reuniram pois era "só a gente" e algumas pessoas se contaminaram, chegando mesmo a morrer.

Se todos nós realmente nos preocupássemos com o bem-estar de todos, incluindo o nosso é claro, o mundo seria um lugar diferente. Se cada um realmente fizesse a parte que tem que fazer, os problemas seriam muito mais fáceis de serem solucionados.

Um amigo meu, Ricardo Bagnete, disse nesta semana que enquanto não se chega a um consenso sobre tudo, "o brasileiro vai morrendo de corona, de fome ou de desespero".

E aí, melhor mudar a atitude ou escolher a forma de morrer? Afinal, estamos todos no mesmo mar, passando pela mesma tempestade.

Texto: Fabrício Santana

O que te tira a paz?

Hoje uma amiga minha me disse: "coloque algo na sua cabeça: você é ótimo". Esta mesma amiga também falou que "Deus nos dá recados por meio das pessoas".

Refletindo um pouco mais sobre estas duas frases, já parou para pensar o quanto somos cobrados e nos cobramos? Tem sempre alguém nos falando que podíamos fazer mais, fazer melhor, fazer mais rápido. 

Nós também nos cobramos bastante. Pare e pense: você já fez alguma coisa e pensou, mesmo que rapidamente, que poderia ter feito melhor, ou que não deu o seu máximo para realizar uma tarefa?

Claro que a gente sempre pode aprender algo novo, ou uma forma nova de realizar tarefas. Mas sim, nós somos ótimos. Somos ótimos em vários departamentos da nossa vida. Sabe aquela receita de família que só você sabe fazer? Ou quem sabe aquela baliza que você é capaz de realizar com uma manobra só? E aqueles cálculos que só aquele seu conhecido sabe resolver, ou aquele texto que só uma pessoa da sua confiança consegue desenvolver?

Somos ótimos sim, cada um no seu quadrado. Somos ótimos em vários setores da vida. Somos ótimos em casa, no trabalho, na família, com os amigos. 

E se alguém se afastou de você só porque você não conseguiu realizar algo da forma que essa pessoa achou que deveria ser feito, é porque essa pessoa nunca se importou de verdade com você.

Somos ótimos, todavia temos limitações. Ninguém é bom em tudo o tempo todo. A mesma amiga que me disse as frases do começo deste texto também me disse: "não sejamos tão exigentes conosco. Quem exige muito de si ou do outro não faz bem. Isso não dá paz".

Aí eu te pergunto, quanto vale a sua paz? Será que vale a pena mesmo insistir em algo que te tira o sossego, que faz seu coração disparar (e não é de felicidade) toda vez que alguém te chama? 

Neste período de pandemia, muita gente aprendeu a olhar mais para si. Isso não é ser egoísta, é aprender a valorizar a pessoa mais importante da sua vida: VOCÊ.

Então, ao invés de se cobrar tanto, foque naquilo em que você é bom, melhore aquilo que for capaz de melhorar e aceite aquilo que não pode ser modificado. Assim a vida fica mais leve e mais fácil de ser vivida. 

Texto: Fabrício Santana

Você escolhe o que planta, mas é obrigado a colher o que plantou

 Dizem que positividade é a prática ou tendência de ser positivo e otimista em suas atitudes. Pensar positivo, acreditar que sempre vai melhorar, enxergar sempre o lado bom de toda e qualquer situação. Quantas vezes você já deve ter ouvido algo assim.

Você está ali, no meio do furacão, seu mundo desmoronando, e alguém fala "olhe pelo lado bom". A gente, que está inserido na confusão, pensa "o que será que essa pessoa tá falando?', ou "como ver lado bom se tá tudo ruim"?

A ciência já reconheceu que a positividade nos ajuda a driblar melhor os problemas e encarar a vida de uma forma mais leve.

Pensamentos, sejam eles positivos ou negativos, influenciam na nossa realidade, na forma como vivemos. A ciência já provou que a forma como pensamos, influencia como reagimos diante das situações, e consequentemente afeta nossa qualidade de vida. pensamentos ruins, atraem situações ruins. Pensamentos positivos, atraem situações positivas.

Muita gente pensa que somos isolados no mundo. Quando digo isolados, quero dizer que não importa o que você pense, suas atitudes são independentes dessa positividade ou negatividade. Tem gente que acredita nisso. 

Contudo, nosso corpo, nosso organismo é todo interligado. A dor só é sentida por nós, porque, por exemplo, ao bater o pé, a sensação de perigo ao corpo é levada ao cérebro, que interpreta tudo e devolve em forma de dor, fazendo com que a gente fique alerta ao que aconteceu, e procure ajuda, se necessário.

Não existe uma parte do corpo que funcione independente da outra. Tudo está interligado, inclusive a forma como você pensa. Pensar positivo altera seu humor, e consequentemente altera a liberação de substâncias no organismo. Pensar negativo, age da mesma forma, porém com substâncias que podem provocar mal estar.

Já reparou que pessoas que só reclamam acabam repelindo as outras pessoas? Quem é muito negativo acaba se isolando. 

Sabe aquela história "meu santo não bateu com do Fulano"? Pois é, a gente sente quando a pessoa tem uma energia muito negativa. O oposto também ocorre. Sabe aquele tipo de gente que você conversa por horas e horas e não quer sair de perto, pois a energia que ela emana é muito boa? 

Talvez seja hora de você prestar mais atenção no tipo de pensamento que anda tendo e no tipo de energia que emana por aí. Às vezes você está se isolando e não percebe. O problema, na maioria das vezes, não está no outro, e sim em nós mesmos. Mas admitir isso é muito complicado.

Então, tente organizar seus pensamentos e veja como sua vida também se organizará. Você pode até achar que tudo isso é só papo, mas experimente por 30 dias. Depois veja o resultado. Se os pensamentos forem positivos, situações positivas chegarão até você. Se forem negativos, situações negativas irão até você. Cabe a você escolher o que quer receber de volta. O que você plantar, terá que ser colhido.

Texto: Fabrício Santana