Quando um relacionamento chega ao fim os dois lados saem de alguma forma machucados. Quando essa relação que terminou envolve filhos, aí a situação fica um pouco mais delicada. Geralmente as brigas por pensões tomam conta dos tribunais e se proliferam país afora. E os argumentos utilizados são os mais bizarros possíveis.
Conversando com uma amiga minha, ela me relata sempre que tem problemas com pensão alimentícia. Que o pai da criança não paga em dia e vive entrando na justiça para pedir redução do valor. É uma briga "eterna" que entra ano sai ano, desgasta ainda mais a paciência de ambos.
Mas cá entre nós, o que leva um indivíduo a se recusar a pagar uma pensão (seja ele pai ou mãe - sim algumas mães são obrigadas a pagarem pensão quando a criança mora com o pai)? Muitos pais simplesmente ignoram a existência do filho. Não querem saber da criança. Aliás, só querem saber quando lhes convém para "mostrar" o filho ou filha para a sociedade.
É como se diz por ai: depois que está criado, bonito e alimentado, aí vem querendo dar uma de pai (ou mãe). Isso sem contar que em alguns casos nem isso acontece.
A criança passa uma parte da vida, de certa forma mendigando um pouco de atenção. E o resto que sobra, nem sempre lhe é oferecido. Os pequenos, às vezes até se questionam se o problema não é com eles, já que nenhum pouco de atenção lhes é oferecido.
O que fica é o trauma na criança que entende, desde cedo, que o pai (ou mãe) não quer saber dela. Em algumas situações até adotam o namorado da mãe como padrastos e passam a chamá-lo de pai. Uma reação natural, já que essa criança encontrou nesse adulto o que ela não encontrou no próprio pai: amor, carinho, compreensão, afeto.
Eu, que também sou filho de pais separados, estou vivo (e saudável) para provar que a gente sobrevive muito bem sem a presença desses seres. Que não precisamos de um apêndice chamado pai, para que possamos nos tornar adultos equilibrados, educados e inteligentes. No caso da filha da minha amiga, espero de coração que ela sempre encontre no namorado da mãe, o respeito que ela nunca teve do indivíduo que se diz pai dela. Na boa, ninguém nunca precisou de restos pra ser feliz. Quem vive de passado é museu. A vida segue pra frente, e é pra lá que devemos mirar.
Texto: Fabrício Santana
Imagem: pixabay.com |
Conversando com uma amiga minha, ela me relata sempre que tem problemas com pensão alimentícia. Que o pai da criança não paga em dia e vive entrando na justiça para pedir redução do valor. É uma briga "eterna" que entra ano sai ano, desgasta ainda mais a paciência de ambos.
Mas cá entre nós, o que leva um indivíduo a se recusar a pagar uma pensão (seja ele pai ou mãe - sim algumas mães são obrigadas a pagarem pensão quando a criança mora com o pai)? Muitos pais simplesmente ignoram a existência do filho. Não querem saber da criança. Aliás, só querem saber quando lhes convém para "mostrar" o filho ou filha para a sociedade.
É como se diz por ai: depois que está criado, bonito e alimentado, aí vem querendo dar uma de pai (ou mãe). Isso sem contar que em alguns casos nem isso acontece.
A criança passa uma parte da vida, de certa forma mendigando um pouco de atenção. E o resto que sobra, nem sempre lhe é oferecido. Os pequenos, às vezes até se questionam se o problema não é com eles, já que nenhum pouco de atenção lhes é oferecido.
O que fica é o trauma na criança que entende, desde cedo, que o pai (ou mãe) não quer saber dela. Em algumas situações até adotam o namorado da mãe como padrastos e passam a chamá-lo de pai. Uma reação natural, já que essa criança encontrou nesse adulto o que ela não encontrou no próprio pai: amor, carinho, compreensão, afeto.
Eu, que também sou filho de pais separados, estou vivo (e saudável) para provar que a gente sobrevive muito bem sem a presença desses seres. Que não precisamos de um apêndice chamado pai, para que possamos nos tornar adultos equilibrados, educados e inteligentes. No caso da filha da minha amiga, espero de coração que ela sempre encontre no namorado da mãe, o respeito que ela nunca teve do indivíduo que se diz pai dela. Na boa, ninguém nunca precisou de restos pra ser feliz. Quem vive de passado é museu. A vida segue pra frente, e é pra lá que devemos mirar.
Texto: Fabrício Santana
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