quarta-feira, 30 de setembro de 2020

E aí, tudo bem?

Quando alguém fala "oi, tudo bem", como você responde a esta pergunta? Vai no automático e responde que está tudo bem, mesmo não sendo um bom dia para você, ou você realmente responde como você está? 

Sei que não devemos sair por aí nos lamentando quando algo não dá certo no nosso dia ou na nossa vida. Tem aquele ditado que diz que Fulano só está sendo cordial, então seja cordial de volta. 

Mas quando paramos para pensar em como realmente estamos. Quando nos perguntamos se está tudo bem, o que respondemos para nós mesmos? Será que somos sinceros conosco ou tentamos fingir até para quem não conseguimos enganar de jeito nenhum. E não estou falando da sua mãe, pai, marido ou esposa. Estou falando de você mesmo.

Quantas vezes abrimos mão de algo para realizar a vontade de outra pessoa? Quantas vezes abrimos mão de nós mesmos para alguém e não recebemos o que imaginamos merecer de volta?

As pessoas falam que fazem algo sem esperar algo em troca. Mas lá no fundo você espera pelo menos um obrigado, um abraço, ou até mesmo algo material. Mesmo que você diga que não, mas se parar para pensar, bem lá no fundo, você espera o reconhecimento do seu esforço diante de alguém ou de uma situação.

Você já ouviu, ou até mesmo disse, "poxa, mas fulano nem falou muito obrigado"? Quando pensamos assim estamos a espera da nossa "recompensa". Mesmo que seja somente um muito obrigado.

Então, que tal começar a ser sincero, pelo menos com você, quando te perguntarem se está tudo bem? Não precisa fazer a outra pessoa de muro da lamentação, mas diga apenas que vai melhorar ou que você poderia estar num dia melhor.

Ser sincero com os sentimentos pode ser um dos primeiros passos para nossa transformação. Não digo aquela transformação cinematográfica não. falo em transformar pequenas atitudes que te proporcionarão bem-estar ao longo do dia, da semana, do mês, do ano, da vida.

E se algo não vai bem você tem que analisar. Você pode mudar a situação? Se sim, faça o que tem que ser feito. Se não puder modificar nada, siga em frente. 

Ah, e lembre-se sempre que problema dos outros, são dos outros. A vida dos outros, são dos outros. Só se envolva naquilo que diz respeito a você. Pode parecer egoísta, mas é um dos maiores gestos de amor consigo próprio que você terá.

E aí, se eu te perguntar agora "tudo bem?", o que você vai responder?


Texto: Fabrício Santana

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Do que você precisa se libertar?

É isso mesmo que você leu no título deste texto. Do que você precisa se libertar? Sabe aquela sensação de que sua vida parece estar amarrada, que nada anda para frente? Muita gente ainda costuma dizer que a vida está andando para trás. Não que eu acredite que dar alguns passos para trás seja ruim. Para pegar impulso as vezes é preciso retroceder.

Mas você já parou para pensar de que você pode se libertar de algumas coisas, crenças, pessoas e situações que podem estar "empacando" sua vida?

Temos a péssima mania de ficarmos do que muita gente chama de zona de conforto. Por que mudar de emprego se eu já conheço tudo onde estou? Por que mudar de casa se a que estou tem seus problemas, mas já aprendi a conviver com eles? Por que deixar de ser amigo de "fulano" se já aprendi a levar a vida do jeito que ele gosta? Por que terminar um relacionamento amoroso se já sei exatamente como levar tudo no chamado "banho maria"?

Ai eu te pergunto: vale a pena continuar neste ciclo vicioso e que de alguma forma está lhe fazendo mal? Por que tanto medo de mudar? Seria medo de encarar um terreno onde você ainda não conhece?

Eu entendo que o desconhecido dá um certo nervoso, um frio na barriga, mas será que vale mesmo a pena passar uma vida inteira acomodado no mesmo lugar, com os mesmos problemas de sempre?

Não estou dizendo que se você mudar os problemas vão desaparecer. Claro que não. Outros podem surgir ao longo da caminhada. Mas você já parou para pensar que podem ser problemas mais leves, mais fáceis de serem contornados?

Então quem sabe não seja hora de começar a se desapegar de algumas pessoas, lugares ou situações?

Por que não arriscar em tentar melhorar a forma como você está vivendo? 

Se prepare para as críticas que com certeza irão surgir. Muita gente pode te chamar de louco, doido, insano, inconsequente, mas quando tudo der certo estarão lá te aplaudindo e falando, de maneira bem hipócrita, que sempre acreditaram em você.

Seja como a lagarta que se liberta de um casulo quente e confortável para poder bater asas e voar. 

E aí, do que você precisa mesmo se libertar? 

Texto: Fabrício Santana

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Seja Como Um Ipê

Já reparou que algumas plantas ficam ainda mais bonitas nesta época de clima seco em boa parte do Brasil? Já reparou na florada dos Ipês, que colorem de amarelo, rosa, branco ou roxo várias cidades do país? Quando tudo parece seco, sem vida e difícil de sobreviver, é que esta árvore mostra o seu melhor. 

Se a gente olhar com mais atenção para outras árvores também, veremos que mesmo depois de uma agressão forte, como uma queimada, elas rebrotam e ficam ainda mais bonitas e fortes. O cerrado brasileiro é cheio destas espécies que são queimadas e mesmo assim, quando a chuva chega, elas nascem novamente.

A natureza é cheia de bons exemplos de como resistir em meio a tantas adversidades. Todo ano os incêndios acontecem, todo ano a época de clima seco chega, e todo ano somos surpreendidos por uma natureza que mesmo tão maltratada se recupera e nos encanta.

E inspirado nela, por que não trazemos para nossa realidade esse poder de revigorar, de resistir, e reviver? Todos nós passamos por problemas, alguns mais graves é verdade, mas todos nós temos lá nossos perrengues diários. Seja no trabalho, na família, com a vizinhança, mas todos temos situações que gostaríamos de resolver logo.

Algumas pessoas se entregam à fraqueza e acabam se retirando deste mundo de forma abreviada. Tem quem não veja saída e prefere se retirar de cena. Mas podemos, e na minha humilde opinião, devemos oferecer ajuda para quem precisa dela.

Que tal estender a mão para quem precisa. Mesmo que você acredite não ter como ajudar pela condição financeira atual que é bem complicada para muita gente, mas você pode oferecer um ombro amigo, pode ouvir, conversar. Tem tanta gente precisando ser ouvida que você nem imagina.

Então nos inspiremos na natureza. Vamos resistir às dificuldades e saber contorná-las. Setembro é conhecido como Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio.Sejamos mais tolerantes, mais sábios, mais pacientes.

Assim como um Ipê que mostra toda sua beleza na época mais seca do ano, que nós possamos florescer em todos os meses, independente da situação. A humanidade precisa de seres mais humanos.


Texto: Fabrício Santana


terça-feira, 1 de setembro de 2020

Você Seguiria Seus Conselhos?

 O quanto você acredita em você mesmo? A pergunta pode parecer estranha, mas é isso mesmo que você entendeu. O quanto você acredita nas coisas que você faz, no que diz, no que segue? Você seguiria seus próprios conselhos?

Temos o hábito de querer dar palpite em tudo e para todos. Mesmo que seja só mentalmente, que não falamos o que realmente pensamos, mas lá no fundo sempre temos o nosso jeito de viver e resolver cada situação.

Sempre pensamos que poderia ser mais fácil, melhor, menos complicado. O nosso jeito sempre nos parece o mais adequado. Afinal já temos experiência de vida suficiente (mesmo que não tenhamos) para desenrolar uma situação.

Quantas vezes você pensa que uma marca de produto é melhor que outra? Quantas vezes você acredita que um caminho seja melhor do que outro? Que um transporte é mais confortável ou mais ágil do que outro?

Tem aquele versículo da bíblia que diz “diga-me com quem andas e te direi quem tu és”. E se nós adaptássemos para, diga-me o que pensas que te direi se farei. Ou diga-me por onde vai que digo se vou contigo.

Dentro da nossa ótica de vida vemos tudo de modo fácil e ágil, mesmo que não seja. Em alguns casos basta alguém de fora olhar nossa vida e apontar algo que pode ser melhor. Mas será que o que a outra pessoa considera melhor, realmente é o melhor para nós. 

Não existe melhor ou pior. Eu diria que existe do nosso jeito. Criamos a nossa realidade, vivemos nela e cremos que é a melhor que podemos ter.

Por isso eu insisto em perguntar: você seria capaz de seguir todos, eu disse todos mesmo, os seus conselhos? Ou você é do tipo que fala uma coisa e faz outra completamente diferente?

O que tento na minha vida é ter coerência com o que digo e o que faço. Não posso fingir um personagem 24 horas por dia. Tenho que seguir aquilo que creio ser o melhor. Não posso, e não quero, pregar uma atitude e ter outra na realidade.

Coerência, paciência e sabedoria nos levam longe. Arrogância, mentira e incoerência não nos levam nem na esquina.

E aí, o que você responderia se alguém lhe perguntasse se você seguiria seus próprios conselhos? Não vale mentir hein.

Texto: Fabrício Santana